- Karatê-do Shorin-ryu 6º Dan
- Kobudo Matayoshi IMKA 1º Dan
“Antes de avaliarmos a capacidade de desenvolvimento técnico de um aluno, avaliemos a capacidade de desenvolvimento moral e ético dessa pessoa. Esse será um melhor começo para formar as próximas gerações marciais.”
Esforço pessoal que gerou resultados
Desde muito novo, sempre gostou de filmes e séries sobre artes marciais (filmes com Bruce Lee, Chuck Norris, Jean Claude Van Damme), principalmente quando envolviam disputas usando armas e golpes diretos. Além disso, um de seus parentes foi praticante de Tae Kwon Do. Acabou se interessando em praticar, até que em 1992, com aproximadamente 13 anos, iniciou-se no Karatê-do, e desde então, nunca parou.
Conheceu o Karatê-do em 03 de agosto de 1992, através do Sensei Lair Roberto Moretti, em Piracicaba/SP. iniciou ainda bem garoto (aproximadamente 13 anos de idade), mas desde a primeira aula (talvez por isso guarde bem a data até hoje), sentiu uma energia muito forte durante os treinos, e logo nos primeiros meses de treino, já sentiu desejo em intensificar os treinamentos cada vez mais.
Com o passar do tempo, foi se interessando na parte competitiva do Karatê-do, e quando notou, já estava tão envolvido com a arte, que chegava a se dedicar por mais de 5 horas diárias aos treinamentos. Ao mesmo tempo, graças a um professor extremamente rígido e exigente, conseguiu manter equilibrado tanto o lado competitivo quanto o lado mais “marcial” do Karatê-do (budo).
Ao atingir a faixa verde, já auxiliava seu professor com a academia, comandando treinamentos físicos e técnicos, além de acompanhá-lo em diversos eventos em todo o estado de São Paulo.
Com pouco mais de 4 anos de prática, em dezembro de 1996, já se encaminhava à Santos/SP para realizar o tão sonhado exame para Faixa Preta, diante de banca examinadora da União Shorin-ryu Karatê-do Brasil, organizada à época, pelo Grão Mestre Yoshihide Shinzato, tendo a honra de ser aprovado com apenas 17 anos.
No ano de 1997, teve a oportunidade de conhecer oficialmente o Kobudo, em um seminário na cidade de Araraquara, organizado pela FPK e ministrado pelo próprio Mestre Yoshihide Shinzato. Como a distância até Santos era grande e os recursos eram restritos, aproveitou ao máximo aquela oportunidade e continuou treinando o Kobudo em Piracicaba, informalmente.
Em 1998, conheceu o Sensei Gilson Nunes da Silva, grande amigo do Sensei Lair Moretti, e foi convidado a praticar o Kobudo oficialmente, dentro da Associação Muguen-Kan, de Cotia/SP. Apesar da distância, ia sozinho, semanalmente, para buscar o Kobudo Shinshukan.
Desafios da arte de ensinar e aprender ao mesmo tempo
Dois anos depois, já no ano 2000, com autorização do Sensei Gilson Nunes, começou a lecionar o Kobudo em Piracicaba, visto que não havia nenhum representante ativo desta arte na região.
Infelizmente, devido ao fato da arte marcial não ser sua atividade profissional predominante, acabou por interromper as aulas em Piracicaba, no ano de 2003. Continuou praticando o Karatê-do e o Kobudo da mesma forma, sempre buscando professores qualificados nas regiões em que estivesse, como Sensei Gilson Nunes em Cotia/SP, Sensei José Luis Machado, Sensei Alberto Yamamoto e Sensei Mitsuhide Shinzato, em São Paulo/SP, Sensei Rui Parente, em Uberlandia/MG, Sensei Larry Burns, em Muscatine/IA/USA, entre tantos outros excelentes Senseis que pôde conhecer durante esses anos.
Em 2011 retornou à Piracicaba, voltando aos treinamentos na Associação Moretti, (ano também em que foi aprovado, em exame realizado pela SHINSHUKAN, para a graduação de 5º Dan em Karatê-do) onde permaneceu até 2014, quando tomou a decisão de iniciar seu próprio Dojo, a Eien Gakumon Dojo, e resgatar as aulas de Karatê-do e Kobudo, desta vez, de forma independente.
Em Novembro de 2014, recebeu a graduação de faixa preta shodan em Kobudo Shinshukan, em exame realizado pela SHINSHUKAN. Em Novembro de 2016, foi promovido a 2º Dan, pela mesma entidade.
Em Agosto de 2017, recebeu a graduação de 6º Dan, em Karatê-do, exame realizado oficialmente, pela SHINSHUKAN.
Em Novembro de 2019, recebeu a graduação de 3o Dan, em Kobudo, em exame realizado oficialmente pela SHINSHUKAN, tornando-se responsável técnico em Kobudo.
Em Janeiro de 2022 decide se afastar da linhagem de Kobudo praticada pela escola Shinshukan e passa a integrar a IMKA (International Matayoshi Kobudo Association) liderada pelo Mestre Andrea Guarelli, atualmente hanshi 9o Dan em Kobudo Matayoshi, título homologado pelo Mestre Shuusei Maeshiro, de Okinawa.
Em Janeiro de 2023, após um ano de intensivos treinamentos, recebe a faixa preta 1o Dan em Kobudo Matayoshi, e o título de Shidoin (instrutor) pela IMKA.
Em Setembro de 2023, após viagem de intercâmbio de karatê e kobudo em Okinawa, formaliza e estabelece relações diretas com a Okinawa Shorin-ryu Karate Kyokai, gerando assim um vínculo para correção e aprendizado diretamente com as origens do karatê Shorin-ryu, em Okinawa.
Competições e o legado marcial
Até hoje ainda se mantém ativo na área competitiva, da qual sempre gostou muito, mas sem abandonar os ensinamentos marciais, disciplina e respeito, que regem o budo do Karatê-do e Kobudo.
Acredita que as principais conquistas obtidas por ele, no âmbito competitivo, tenham sido um 5o lugar no The 1st Okinawa Karate International Torunament, na categoria de kobudo (Sai) em 2018, e um quadruplo ouro no Mundialito SHINSHUKAN 2019 (ouro em kata Karate, e três ouros em kobudo – bo, sai e kama), além de um bi-campeonato brasileiro de Kobudo, nas cinco armas utilizadas em sua escola (bo, nunchaku, tonfa/tunqua, sai e kama), entre diversos títulos estaduais tanto em Karatê-do quanto em Kobudo.
No que diz respeito aos ensinamentos e treinamentos de Karatê-do e Kobudo, busca sempre passar aos alunos não apenas uma luta ou meramente uma forma de se defender.
Acredita que o praticante de arte marcial, deve ser, antes de um exímio lutador, uma pessoa útil à sociedade, correta e polida, então as aulas referem-se aos princípios básicos deixados pelo grão mestre em seu dojo-kun:
Respeito, Sinceridade, Esforço, Responsabilidade e Alegria.
Esses são ingredientes fundamentais, principalmente para crianças e adolescentes que se iniciam na arte marcial, para um futuro mais sadio à todos.
Sensei Alexandre Moreno no Hombu Dojo Shorin-ryu – Okinawa/2018
Delegação brasileira para seminário de Kobudo com Mestre Seisho Itokazu – Okinawa/2018
– Kobudo: Sensei Alejandro Belmar – Chile/2023
– Karate-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Okinawa/2023
– Kobudo: Mestre Tsuneo Shimabukuro – Okinawa/2023
– Kobudo: Mestre Andrea Guarelli – Itália/2023
– Kobudo: Mestre Andrea Guarelli – Chile/2022
– Kobudo: Mestre Andrea Guarelli – Italia/2022
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Argentina/2020
– Kobudo: Mestre Kiyoshi Tsuha – Argentina/2020
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Brasil/2020
– Kobudo: Mestre Kiyoshi Tsuha – Brasil/2020
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Okinawa/2018
– Karatê-do: Mestre Takeshi Miyagi – Okinawa/2018
– Kobudo: Mestre Seisho Itokazu – Okinawa/2018
– Kobudo: Mestre Masahiro Nakamoto – Okinawa/2018
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Argentina/2017
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Brasil/2017
– Kobudo: Mestre Kiyoshi Tsuha – Argentina/2017
– Kobudo: Mestre Kiyoshi Tsuha – Brasil/2017
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Argentina/2015
– Kobudo: Mestre Yoshikazu Shiroma – Brasil/2015
– Karatê-do: Mestre Morinobu Maeshiro – Brasil/2013
– Kobudo: Mestre Mamoru Nakamoto – Brasil/2013
– Karatê-do: Renshi Larry Burns (Shorin-ryu Matsubayashi) – USA/2010 e 2011
– Kobudo: Mestre Yoshikazu Shiroma – Brasil/2010
– Karatê-do: Mestre Sadashige Kato, Sadamu Uriu e Bruno Koller – Brazil/1998
Durante as aulas, busca passar aos alunos conceitos não apenas marciais, mas também filosóficos, para que, mesmo que um dia, já não tenham condições físicas de praticar o Karatê-do / Kobudo, possam continuar estudando e aprendendo com os ensinamentos deixados pelos grandes mestres do passado.
Na parte técnica, evita especializar muito o treinamento, pois acredita que isso sempre causa alguma perda em outras partes do aprendizado. Busca sempre balancear bem as aulas entre as partes de condicionamento físico, kihon, kata, kumite e bunkai, de forma que tanto iniciantes quanto alunos mais avançados estejam sempre motivados e participativos nos treinos.
No que tange a carreira dos alunos, busca respeitar os limites de cada pessoa dentro da arte marcial, tornando o processo de aprendizado mais natural e fluido. Aos que desejam seguir carreira esportiva, existem treinamentos extras dedicados a isso, assim como àqueles que desejam se tornar professores no futuro, terão também alguns itens a mais para praticar.
No momento, oferece um programa de “bolsa de estudos” para crianças comprovadamente carentes, de até 12 anos de idade, para que treinem o Karatê-do, mediante alguns termos acordados (frequência escolar, comportamento junto à sociedade, entre outros) com os pais ou responsáveis.